Glossario: diferenças entre revisões
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== Glossário e Acrónimos == | == Glossário e Acrónimos == | ||
=== Letras A- | === Letras A-D === | ||
; Aglomerados rurais (definição provisória): correspondem a polígonos a constituir-se, de acordo com as opções do PMOT, em categoria de solo rural através da incorporação de núcleos edificados com funções residenciais e de apoio a atividades localizadas em solo rural, delimitados no interior de áreas edificadas consolidadas e em consolidação e que cumpram individualmente os seguintes requisitos cumulativos: | |||
* Serem constituídos por um conjunto de edifícios que possuam área de implantação superior a 30m2 e não distem mais de 50m entre si; | |||
* Neles existirem pelo menos 10 fogos em edifícios que não distem mais de 50m da via pública; | |||
* O índice bruto de ocupação do solo do polígono que engloba todos os edifícios ser igual ou superior a 0,1m2/m2. | |||
; Aglomerados Rurais (proposta de PROT-Centro): Os aglomerados rurais devem corresponder a pequenos núcleos de edificação concentrada, servidos de arruamentos de uso público, com funções residenciais e de apoio a atividades localizadas em solo rústico. | |||
Estes aglomerados devem ser delimitados em PDM com base na contiguidade do edificado (afastamento entre as construções menor ou igual a 50 metros), incluindo uma faixa envolvente com uma profundidade máxima de 50 metros, medida a partir do exterior das últimas edificações e ajustada à expressão edificada existente e às características biofísicas de cada local. A delimitação destes aglomerados pode ainda, desde que devidamente fundamentada numa estratégia de consolidação do povoamento rural, acolher uma expansão controlada e estruturada quando se verifique e perspetive uma dinâmica demográfica e/ou edificatória positiva e/ou decorrente da necessidade de instalação de serviços, equipamentos ou atividades de apoio e de revitalização do mundo rural. A fundamentação destas expansões deve ser suportada em dados objetivos e/ou devidamente enquadrada numa estratégia de consolidação do povoamento rural. | |||
(O Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro)) | |||
; Áreas de Edificação Dispersa (definição provisória): áreas de uso misto, sem funções urbanas prevalecentes e que cumpram individualmente os seguintes requisitos cumulativos: | |||
* Mínimo 1 edifício/ha | |||
* Dimensão mínima: 5 ha (ou 2,5 ha desde que inclua pelo menos 5 edifícios) | |||
* O seu índice bruto de ocupação do solo não ser inferior a ser igual ou superior a 0,1 m2/m2, para a área do polígono descontada das áreas não edificadas | |||
; Áreas de edificação dispersa (proposta de PROT-Centro): áreas de uso misto, sem funções urbanas prevalecentes e que apresentem uma densidade superior a 1 edifício por hectare: | |||
<ul> | |||
<li> Estas áreas devem ser delimitadas em PDM, de acordo com o respetivo padrão de ocupação tendo em atenção a estrutura viária e a tipologia do edificado, incluindo uma faixa envolvente com a profundidade máxima de 100 metros, medida a partir do exterior das últimas edificações; | |||
<li> A dimensão mínima para a delimitação destas áreas não poderá ser inferior a 5 ha. No entanto, admite-se que o referido valor se reduza a 2,5 ha, desde que inclua, pelo menos, 5 edifícios; | |||
<li> As áreas cuja densidade varie entre 4 e 7 edifícios por hectare e que estejam sujeitas, a grande pressão edificatória devem ser objeto de Planos de Intervenção no Espaço Rústico. | |||
</ul> | |||
(O Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro)) | |||
; Áreas Edificadas Consolidadas e em Consolidação (definição provisória): correspondem a polígonos de solo definidos por linhas fechadas que envolvem estritamente os núcleos edificados, onde predomina a contiguidade ou grande proximidade entre os edifícios existentes, acrescidos de espaços de colmatação (terrenos não edificados situados entre edifícios que possuam área de implantação superior a 30 m2 e não distem mais de 50m entre si) e das áreas não edificadas com uso urbano estabilizado (espaços públicos de utilização coletiva, áreas verdes e áreas afetas a equipamentos) interiores ou contíguas aos referidos núcleos, devendo cada polígono cumprir as seguintes condições cumulativas: | |||
* Possuírem uma área mínima de 5 hectares para o polígono na sua globalidade; | |||
* O seu índice bruto de ocupação do solo ser igual ou superior a 0,1 m2/m2, para a área do polígono descontada das áreas não edificadas com uso urbano estabilizado. | |||
; Área urbana consolidada (proposta de PROT-Centro): área de solo urbano que se encontra estabilizada em termos de morfologia urbana e de infraestruturação e está edificada em, pelo menos, 2/3 da área total do solo destinado a edificação. (DR n.º 5/2019, de 27/09). Nesta área estão integradas a estrutura ecológica municipal e as áreas legalmente comprometidas, nomeadamente as áreas abrangidas por Planos de Pormenor cujo grau de consolidação tenha atingido, pelo menos, 2/3 da respetiva área ou onde subsistam atos de licenciamento ou de admissão de comunicação prévia de operações urbanísticas de edificação, loteamento ou obras de urbanização, validamente constituídos e em vigor, bem como informações prévias válidas, projetos de arquitetura aprovados ou projetos com DIA favorável ou favorável condicionada, desde que essa condição não se reporte à alteração da classificação do solo prevista no plano. | |||
(O Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro)) | |||
; CRS: Coordinate Reference System. Sistema de Referência de Coordenadas. | ; CRS: Coordinate Reference System. Sistema de Referência de Coordenadas. | ||
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; Datum: sistema de referência para medir com precisão localizações na Terra. Ver [[Sistemas_de_Coordenadas_e_Projecoes|Sistemas de Coordenadas e Projeções]] | ; Datum: sistema de referência para medir com precisão localizações na Terra. Ver [[Sistemas_de_Coordenadas_e_Projecoes|Sistemas de Coordenadas e Projeções]] | ||
=== Letras E-G === | |||
; EPSG: European Petroleum Survey Group. Em 2005, a organização EPSG fundiu-se com a Associação Internacional de Produtores de Petróleo e Gás (IOGP). O EPSG Geodetic Parameter Dataset (também conhecido como registo EPSG) é um registo público de datums geodésicos, sistemas de referência espacial, elipsóides terrestres, transformações de coordenadas e unidades de medida relacionadas. Cada entidade recebe um código EPSG entre 1024 e 32767: | ; EPSG: European Petroleum Survey Group. Em 2005, a organização EPSG fundiu-se com a Associação Internacional de Produtores de Petróleo e Gás (IOGP). O EPSG Geodetic Parameter Dataset (também conhecido como registo EPSG) é um registo público de datums geodésicos, sistemas de referência espacial, elipsóides terrestres, transformações de coordenadas e unidades de medida relacionadas. Cada entidade recebe um código EPSG entre 1024 e 32767: | ||
* EPSG:4326 (WGS 84, usado pelo GPS, mundo inteiro) | * '''EPSG:4326 (WGS 84, usado pelo GPS, mundo inteiro)''' | ||
* EPSG:3857 (WGS 84, Pseudo-Mercator), usado pelo Google Maps, mundo inteiro | |||
* EPSG:2964 (NAD27 / Alaska Albers) | * EPSG:2964 (NAD27 / Alaska Albers) | ||
* Portugal Continental - Sistemas Globais | * Portugal Continental - Sistemas Globais | ||
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** EPSG: 4937 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 3D) | ** EPSG: 4937 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 3D) | ||
** EPSG: 4258 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 2D) | ** EPSG: 4258 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 2D) | ||
** EPSG: 3763 (ETRS89/ PT-TM06) | ** '''EPSG: 3763 (ETRS89/ PT-TM06)''' --> escolher este sempre que possível, sugere-se que se configure o QGIS para por omissão usar este sistema quer para novos projetos quer para novas camadas | ||
* Portugal Continental - Sistemas Locais | * Portugal Continental - Sistemas Locais | ||
** EPSG: 4274 (Datum 73/ Coordenadas Geográficas 2D) | ** EPSG: 4274 (Datum 73/ Coordenadas Geográficas 2D) | ||
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; GRASS: Geographic Resources Analysis Support System. O GRASS, também chamado GRASS GIS é um conjunto de software de sistema de informação geográfica open source usado para gestão e análise de dados geoespaciais, processamento de imagens, produção de gráficos e mapas, modelação espacial e temporal e visualização. Pode lidar com dados matriciais, vetoriais, topológicos, e realizar processamento de imagem e dados gráficos. Existe cooperação entre os projeto GRASS e QGIS. Enquanto o GRASS GIS se concentra mais no processamento e análise de dados, o QGIS se concentra mais na cartografia e na elaboração de mapas. Eles complementam-se bem e pode-se usar a caixa de ferramentas QGIS GRASS para carregar dados GRASS diretamente e executar comandos de processamento GRASS a partir dos menus QGIS. Como as versões mais recentes do QGIS podem executar um ambiente GRASS, dessa forma o QGIS fornece um ambiente gráfico mais amigável para se usar o GRASS do que o interface de linha de comando do GRASS. A última versão é a 7.8.5 de dezembro 2020. O QGIS 3.16.5 suporta GRASS 7 o que lhe dá acesso a mais de 400 módulos do GRASS. O GRASS é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS. | ; GRASS: Geographic Resources Analysis Support System. O GRASS, também chamado GRASS GIS é um conjunto de software de sistema de informação geográfica open source usado para gestão e análise de dados geoespaciais, processamento de imagens, produção de gráficos e mapas, modelação espacial e temporal e visualização. Pode lidar com dados matriciais, vetoriais, topológicos, e realizar processamento de imagem e dados gráficos. Existe cooperação entre os projeto GRASS e QGIS. Enquanto o GRASS GIS se concentra mais no processamento e análise de dados, o QGIS se concentra mais na cartografia e na elaboração de mapas. Eles complementam-se bem e pode-se usar a caixa de ferramentas QGIS GRASS para carregar dados GRASS diretamente e executar comandos de processamento GRASS a partir dos menus QGIS. Como as versões mais recentes do QGIS podem executar um ambiente GRASS, dessa forma o QGIS fornece um ambiente gráfico mais amigável para se usar o GRASS do que o interface de linha de comando do GRASS. A última versão é a 7.8.5 de dezembro 2020. O QGIS 3.16.5 suporta GRASS 7 o que lhe dá acesso a mais de 400 módulos do GRASS. O GRASS é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS. | ||
=== Letras H- | ; GPKG: Geopackage, ver [[Acesso_Organizacao_e_Formatos_Dados#Extens.C3.B5es_e_Formatos_de_Ficheiros|Extensões e formatos de ficheiros]] | ||
=== Letras H-Q === | |||
;JGW: Ver World file | |||
; JPG ou JPEG: Formato de imagem (Joint Photographic Expert Group) com perdas ajustado à nossa capacidade de visão, desenvolvido para representar fotografias de uma forma compacta (comprime muito sem perda de qualidade da imagem), pode ser usado para outros tipos de imagem desde que não possuam linhas finas (nesse caso é preferível usar o formato PNG). Combinado com um ficheiro JGW permite que a imagem seja georreferenciada. | |||
; OGC: Open Geospatial Consortium | ; OGC: Open Geospatial Consortium | ||
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; OSM: Open Street Maps. Projeto de mapeamento colaborativo (crowdsourcing) para criar um mapa livre e editável do mundo, inspirado por projetos tais como o da Wikipédia. | ; OSM: Open Street Maps. Projeto de mapeamento colaborativo (crowdsourcing) para criar um mapa livre e editável do mundo, inspirado por projetos tais como o da Wikipédia. | ||
; PGW: Ver World file | |||
; PNG: Formato de imagem (Portable Network Graphics) sem perdas apropriado para representar texto e linhas finas (não é apropriado para representar fotografias), como é um formato sem perdas comprime menos do que JPEG pelo que origina ficheiros significativamente maiores. Combinado com um ficheiro PGW permite que a imagem esteja georreferenciada. | |||
; PostGIS: Extensão (módulo) para a base de dados relacional PostgreSQL que adiciona suporte para se poder fazer queries (interrogações à base de dados) que utilizem coordenadas espaciais de objetos geográficos. A última versão é a 3.1.1 de janeiro 2021. | ; PostGIS: Extensão (módulo) para a base de dados relacional PostgreSQL que adiciona suporte para se poder fazer queries (interrogações à base de dados) que utilizem coordenadas espaciais de objetos geográficos. A última versão é a 3.1.1 de janeiro 2021. | ||
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; PROJ: Software de transformação de coordenadas genérico que transforma coordenadas geoespaciais de um sistema de referência de coordenadas (CRS) para outro. Isso inclui projeções cartográficas e transformações geodésicas. A última versão é a 8.0.0 de março 2021, o QGIS 3.16.5 usa o PROJ 6.3.2 | ; PROJ: Software de transformação de coordenadas genérico que transforma coordenadas geoespaciais de um sistema de referência de coordenadas (CRS) para outro. Isso inclui projeções cartográficas e transformações geodésicas. A última versão é a 8.0.0 de março 2021, o QGIS 3.16.5 usa o PROJ 6.3.2 | ||
; QGIS: Software open source multiplataforma (Linux, Windows, Mac OS, Android) para sistemas de informação geográfica que permite a visualização, edição e análise de dados georreferenciados (até 2013 era conhecido como Quantum GIS, esse nome deixou de ser usado). A última versão é a 3.22.1 de novembro 2021, mas a versão mais estável é a 3.16.14 também de novembro 2021 que é uma versão LTS (Long-Term Repository) pelo que será mantida e atualizada durante bastante tempo com um enfoque na estabilidade e na segurança (enquanto que o enfoque na versão 3.22.1 são a adição de novas funcionalidades). O QGIS usa o GDAL/OGR para ler e escrever diferentes formatos de dados matriciais e vetoriais, PROJ para reprojetar os dados em outros sistemas de referência de coordenadas, GEOS para testes de interseção entre geometrias e retângulos de seleção, GRASS e SAGA para processamento e análise de dados. | |||
; | ; QScintilla: Biblioteca gráfica para Qt própria para edição de texto. O QScintilla representa a reescrita no Qt do controle para editor de texto Scintilla C++ desenvolvido por Neil Hodgson, para além de recursos normalmente encontrados em componentes de edição de texto, QScintilla inclui recursos especialmente úteis para editar e depurar código-fonte. A última versão é a 2.12.1 de março 2021. O QGIS 3.16.14 usa o QScintilla 2.11.4 | ||
; | ; Qt: Biblioteca gráfica open source multiplataforma (Linux, Windows, Mac OS, telemóveis). A última versão é a 6.0 de dezembro 2020. O QGIS 3.1.6.14 usa o Qt 5.14.2 e o QWT 6.1.4 | ||
; | ; Qualificação do solo (ver também [[Media:DecretoRegulamentar15-2015-19agosto-CriteriosClassificSolos.pdf|Decreto Regulamentar nº15/2015 de 19 de agosto]]): em função do uso dominante, através da integração nas seguintes categorias: | ||
<ol> | |||
<li> '''SOLO RÚSTICO''', compreende: | |||
<ol style="list-style-type:lower-alpha"> | |||
<li> '''Espaços agrícolas''': cujo uso dominante é o que decorre das potencialidades e das limitações para o desenvolvimento das atividades agrícolas e pecuárias, com base no aproveitamento do solo e dos demais recursos e das condições biofísicas que garantem a sua fertilidade, podendo estes espaços dividir-se ainda nas seguintes subcategorias: | |||
<ol style="list-style-type:lower-roman"> | |||
<li>Espaços agrícolas de produção, correspondendo a áreas elevada capacidade de uso e aptidão agrícola | |||
<li> Outros espaços agrícolas, correspondendo a espaços de uso dominante agrícola. | |||
</ol> | |||
<li> '''Espaços florestais''': nos quais a utilização dominante é a que decorre das potencialidades para o desenvolvimento florestal, com base no mais adequado aproveitamento do solo vivo e dos demais recursos e das condições biofísicas que garantem a sua fertilidade, podendo subdividirse em '''Espaços florestais de produção''', '''Espaços florestais de proteção''' do solo e água ou de '''conservação''' (espaços integrados em áreas classificadas de conservação da natureza e da biodiversidade), '''Espaços ocupados por sistemas silvo pastoris ou espaços mistos de uso silvícola com agrícola''' alternado e funcionalmente complementares e '''Espaços florestais com funções predominantes de recreio e valorização da paisagem''' | |||
<li> '''Espaços de exploração de recursos energéticos e geológicos''': Áreas onde exista exploração de recursos geológicos e áreas onde existam recursos geológicos com potencial económico. As áreas anteriormente referidas e as áreas cativas ou de reserva, bem como as áreas concessionadas ou licenciadas para estas atividades, devem ser integradas nas categorias de solo que correspondam ao seu uso atual, devendo a regulamentação daquelas categorias salvaguardar a exploração futura de Recursos Geológicos | |||
<li> '''Espaços naturais e paisagísticos''': áreas com maior valor natural e zonas sujeitas a regime de salvaguarda mais exigentes, identificadas nos programas das áreas protegidas ou no programa setorial da Rede Natura 2000, bem como áreas de reconhecido interesse natural e paisagístico, desde que em qualquer dos casos o seu uso dominante não seja agrícola, florestal ou de exploração de recursos geológicos. Integram também estes espaços, as zonas húmidas e as áreas naturais descobertas ou com vegetação esparsa, incluindo as praias, arribas, dunas ou afloramentos rochosos. | |||
<li> '''Espaços de atividades industriais''' diretamente ligadas ao aproveitamento e transformação de produtos agrícolas, pecuários, florestais e geológicos. | |||
<li> '''Aglomerados Rurais''': áreas edificadas, com utilização predominantemente habitacional e de apoio a atividades localizadas em solo rústico, dispondo de infraestruturas e de serviços de proximidade, mas para os quais não se adeque a classificação de solo urbano. | |||
<li> '''Áreas de Edificação Dispersa''': Correspondem a espaços existentes, com características híbridas e uma ocupação de carater urbano-rural, devendo ser objeto de um regime de uso do solo que garanta a sua contenção e o seu ordenamento e infraestruturação, numa ótica de sustentabilidade, com recurso a soluções apropriadas às suas características. | |||
<li> '''Espaços Culturais''': Correspondem a áreas de património histórico, arqueológico, arquitetónico e paisagístico, sendo o regime de uso do solo determinado pelos valores a proteger, conservar e valorizar. | |||
<li> '''Espaços de Ocupação Turística''': Áreas de localização e de concentração de atividades turísticas, nas formas e tipologias admitidas em solo rústico, e de acordo com as orientações dos programas regionais. | |||
<li> '''Espaços destinados a equipamentos, infraestruturas e outras estruturas ou ocupações compatíveis com o estatuto de solo rústico''' (Ex: ETARs, parques eólicos, heliportos, aeródromos, etc). | |||
</ol> | |||
<li> '''SOLO URBANO''': cuja qualificação respeita às finalidades do processo de urbanização e de edificação e aos princípios de multifuncionalidade e complementaridade de usos dos espaços urbanos, da compatibilização de usos, do equilíbrio ambiental, da salvaguarda e valorização dos valores culturais e paisagísticos. O solo urbano compreende: o solo total ou parcialmente urbanizado ou edificado; os solos urbanos afetos à estrutura ecológica necessária ao equilíbrio do sistema urbano. A qualificação do solo urbano processa-se através da sua integração nas seguintes categorias, com base no uso dominante e em características morfotipológicas do tecido urbano: | |||
<ol style="list-style-type:lower-alpha"> | |||
<li> '''Espaços centrais''': Áreas urbanas de usos mistos que integram funções habitacionais e uma concentração diversificada de atividades terciárias, desempenhando, pelas suas características, funções de centralidade. | |||
<li> '''Espaços habitacionais''': Áreas que se destinam preferencialmente ao uso habitacional, podendo acolher outras utilizações compatíveis | |||
<li> '''Espaços de atividades económicas''': Áreas que se destinam preferencialmente ao acolhimento de atividades económicas com especiais necessidades de afetação e organização do espaço urbano (atividades industriais, de armazenamento e logística, comércio e serviços) | |||
<li> '''Espaços verdes''': Áreas com funções de equilíbrio ambiental, de valorização paisagística e de acolhimento de atividades ao ar livre de recreio, lazer, desporto e cultura, coincidindo no todo ou em parte com a estrutura ecológica municipal | |||
<li> '''Espaços de uso especial''': Correspondentes a áreas destinadas a Espaços de equipamentos, Espaços de infraestruturas estruturantes e Espaços turísticos. | |||
<li> '''Espaços urbanos de baixa densidade''': Áreas periurbanas, parcialmente urbanizadas e edificadas, apresentando fragmentação e características híbridas, de uma ocupação de caracter urbano-rural, com a permanência de usos agrícolas entrecruzados com usos urbanos e existência de equipamentos e infraestruturas. | |||
</ol> | |||
<li> '''Os Espaços Canais''': Estes espaços abrangem as áreas afetas a infraestruturas territoriais ou urbanas de desenvolvimento linear (rede viária, incluindo passeios, estacionamentos, bermas, espaços de circulação cicláveis e pedonais, e outras), incluindo as áreas adjacentes ou, caso ainda não exista a infraestrutura, as áreas necessárias à sua execução. Estes espaços devem ser qualificados nas diversas categorias do solo rústico e do solo urbano, não constituindo uma categoria autónoma. No "espaço-canal" inclui-se o corredor necessário à implantação da infraestrutura, as áreas de solo necessárias à implantação dos sistemas técnicos complementares e as áreas de solo constituídas em torno da infraestrutura destinadas a assegurar a sua proteção, correto funcionamento e sua eventual ampliação e, como tal, sujeitas a servidão de utilidade pública ''non aedificandi''. | |||
</ol> | |||
; QWT: Qt Widgets for Technical Applications. Um conjunto de componentes gráficos (widgets, window gadgets) Qt personalizados, que representam componentes do interface gráfico (GUI) e classes de utilitários que são úteis principalmente para programas em áreas técnicas. A última versão é a 6.1.5 de junho 2020. O QGIS 3.16. | ; QWT: Qt Widgets for Technical Applications. Um conjunto de componentes gráficos (widgets, window gadgets) Qt personalizados, que representam componentes do interface gráfico (GUI) e classes de utilitários que são úteis principalmente para programas em áreas técnicas. A última versão é a 6.1.5 de junho 2020. O QGIS 3.16.14 usa o QWT 6.1.4 | ||
=== Letras S-T === | |||
; SAGA: System for Automated Geoscientific Analyses. Também conhecido como SAGA GIS, permite aplicar filtros e diversas ferramentas a redes (grids), incluindo interpolação de dados vetoriais usando triangulação, ponto mais próximo, geoestatísticas, classificação de imagem, cluster analysis, reconhecimento de padrões, simulação de processos dinâmicos (erosão, etc.), análise de terreno, (radiação solar, etc.). A última versão é a 7.9.0 de dezembro 2020, no QGIS o SAGA é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS. | ; SAGA: System for Automated Geoscientific Analyses. Também conhecido como SAGA GIS, permite aplicar filtros e diversas ferramentas a redes (grids), incluindo interpolação de dados vetoriais usando triangulação, ponto mais próximo, geoestatísticas, classificação de imagem, cluster analysis, reconhecimento de padrões, simulação de processos dinâmicos (erosão, etc.), análise de terreno, (radiação solar, etc.). A última versão é a 7.9.0 de dezembro 2020, no QGIS o SAGA é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS. | ||
; SHP: Shapefile, ver [[Acesso_Organizacao_e_Formatos_Dados#Extens.C3.B5es_e_Formatos_de_Ficheiros|Extensões e formatos de ficheiros]] | |||
; SIG: Ver GIS | ; SIG: Ver GIS | ||
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; SQLite: A base de dados relacional mais utilizada do mundo visto que se encontra instalada em todos os telemóveis do tipo smartphones. É uma base de dados própria para ser embebida como uma biblioteca noutros softwares, permite evitar a complexidade de se instalar e manter um servidor de base de dados, no entanto não é apropriada para ser utilizada em sistemas complexos e que necessitem de alto desempenho. A última versão é a 3.35.4 de abril 2021. O QGIS 3.16.5 usa o SQLite 3.31.1 | ; SQLite: A base de dados relacional mais utilizada do mundo visto que se encontra instalada em todos os telemóveis do tipo smartphones. É uma base de dados própria para ser embebida como uma biblioteca noutros softwares, permite evitar a complexidade de se instalar e manter um servidor de base de dados, no entanto não é apropriada para ser utilizada em sistemas complexos e que necessitem de alto desempenho. A última versão é a 3.35.4 de abril 2021. O QGIS 3.16.5 usa o SQLite 3.31.1 | ||
; SRC: Sistema de Referência de Coordenadas (equivalente ao CRS - Coordinate Reference System) | ; SRC: Sistema de Referência de Coordenadas (equivalente ao CRS - Coordinate Reference System). | ||
; SRID: Spatial Reference Identifier, identificador único associado a um SRC específico. | |||
; TFW: Ver World file | |||
; TIF ou TIFF: formato de imagem (Tagged Image File Format), é um formato muito flexível mas também muito complexo pelo que é comum obter-se um ficheiro TIFF que o programa específico que estamos a usar não consegue ler por incluir opções que esse programa não suporta | |||
=== Letras U-Z === | |||
; UOPG: Unidades Operativas de Planeamento e Gestão. Porção contínua de território, delimitada em plano diretor municipal ou plano de urbanização para efeitos de programação da execução do plano ou da realização de operações urbanísticas. A delimitação das unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG) deve ser acompanhada do estabelecimento dos respectivos objetivos bem como dos termos de referência para a elaboração de planos de urbanização, planos de pormenor ou para a realização de operações urbanísticas, consoante o caso. O plano diretor municipal deve ainda estabelecer os indicadores e parâmetros de natureza supletiva, aplicáveis nas áreas a sujeitar a plano de urbanização ou de pormenor durante a ausência destes. As UOPG são referidas no programa de execução do plano, com remissão expressa para os objectivos e os termos de referência acima mencionados. | |||
; | ; WCS: O Web Coverage Service (WCS) é um standard utilizado para disponibilizar informação sobre objetos que cobrem uma dada área geográfica. Essas coberturas (''coverages'') podem ser um conjunto de pontos; uma grelha regular de pontos (ou pixéis); um conjunto de curvas segmentadas (por exemplo uma rede rodoviária); um conjunto de polígonos de Thiessen (diagramas de Voronoi); ou uma rede irregular de triângulos TIN (por exemplo, modelos digitais de terreno). | ||
; WFS: O Web Feature Service (WFS) é um standard que em vez de disponibilizar informações geográficas ao nível do ficheiro, oferece acesso direto às informações geográficas ao nível do recurso e da propriedade do recurso. Especifica operações de descoberta, consulta, bloqueio, transação e gestão de expressões de consulta que tenham sido armazenadas. As operações de descoberta permitem que o serviço seja interrogado para determinar os seus recursos e recuperar o esquema que define os tipos de recursos que o serviço oferece. As operações de consulta permitem que recursos ou valores de propriedades de recursos sejam recuperados do armazenamento de dados subjacente com base em restrições, definidas pelo cliente, nas propriedades de recursos. As operações de bloqueio permitem acesso exclusivo a recursos com o propósito de modificar ou apagar recursos. As operações de transação permitem que recursos sejam criados, alterados, substituídos e excluídos do armazenamento de dados subjacente. As operações de consulta armazenadas permitem que os clientes criem, eliminem, listem e descrevam expressões de consulta parametrizadas que são armazenadas pelo servidor e podem ser invocadas repetidamente usando diferentes valores de parâmetro. São definidas onze operações: GetCapabilities (operação de descoberta), DescribeFeatureType (operação de descoberta), GetPropertyValue (operação de consulta), GetFeature (operação de consulta), GetFeatureWithLock (operação de consulta e bloqueio), LockFeature (operação de bloqueio), Transação (operação de transação), CreateStoredQuery (operação de consulta armazenada), DropStoredQuery (operação de consulta armazenada), ListStoredQueries (operação de consulta armazenada), DescribeStoredQueries (operação de consulta armazenada). | |||
; WKT: Well-Known Text. Linguagem de marcação de texto (markup) para representar objetos de geometria vetorial. Um equivalente binário, o WKB (Well Known Binary), é usado para transferir e armazenar as mesmas informações de uma forma mais compacta. Os formatos foram originalmente definidos pelo OGC e descritos em seu Simple Feature Access. A definição standard atual está na norma ISO / IEC 13249-3: 2016. Permite representar os seguintes objetos geométricos: Point, MultiPoint, LineString, MultiLineString, Polygon, MultiPolygon, Triangle, PolyhedralSurface, TIN (Triangulated irregular network), GeometryCollection. | ; WKT: Well-Known Text. Linguagem de marcação de texto (markup) para representar objetos de geometria vetorial. Um equivalente binário, o WKB (Well Known Binary), é usado para transferir e armazenar as mesmas informações de uma forma mais compacta. Os formatos foram originalmente definidos pelo OGC e descritos em seu Simple Feature Access. A definição standard atual está na norma ISO / IEC 13249-3: 2016. Permite representar os seguintes objetos geométricos: Point, MultiPoint, LineString, MultiLineString, Polygon, MultiPolygon, Triangle, PolyhedralSurface, TIN (Triangulated irregular network), GeometryCollection. | ||
; WMS: O standard OpenGIS Web Map Service (WMS) fornece uma interface HTTP simples para solicitar imagens de mapas geo-registadas de uma ou mais bases de dados geoespaciais distribuídas. Uma solicitação WMS define a(s) camada(s) geográfica(s) e a área de interesse a ser processada. A resposta à solicitação é uma ou mais imagens de mapa (retornadas como JPEG, PNG, etc.). A interface suporta a capacidade de especificar se as imagens retornadas devem ser transparentes para que as camadas de vários servidores possam ser combinadas da forma pretendida. Suporta a composição de várias camadas do lado do servidor, a escolha de sistemas de referência de coordenadas arbitrários, e suporta mapas em caixas delimitadoras (''bounding boxes'') personalizadas expressas nesse sistema de coordenadas. | |||
; WMS-C: (WMS Tile Caching) Ainda é suportado mas foi substituído pelo WMTS | |||
; WMTS: O standard OpenGIS Web Map Tile Service (WMTS) é semelhante ao WMS mas funciona por azulejos (''tiles''), isto é a imagem é enviada por azulejos (fragmentos da imagem) o que permite no cliente reutilizar partes da imagem (fazer cache) o que pode melhorar o desempenho e reduzir o tempo de espera. Possui menos funcionalidades que o WMS mas oferece melhor desempenho. | |||
; World file: Ficheiro de texto com as coordenadas de uma imagem, o seu nome é a primeira e a última letra do nome da extensão da imagem seguido da letra W, por exemplo .PNG -> .PGW, .TIF -> .TFW, .JPG -> .JGW. Contém 6 linhas de texto, cada uma delas com um número: | |||
<ol> | |||
<li> resolução em x: número de unidades do mundo real por pixel medidos na horizontal | |||
<li> valor da translação: normalmente zero ou um número muito pequeno | |||
<li> valor da rotação: normalmente zero ou um número muito pequeno | |||
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; Zona urbana consolidada : Zona caraterizada por uma densidade de ocupação que permite identificar uma malha ou estrutura urbana já definida, onde existem as infraestruturas essenciais (estradas, água e saneamento) e onde se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edificações em continuidade. As obras de construção, de alteração ou de ampliação em zona urbana consolidada estão apenas sujeitas a comunicação prévia, desde que respeitem os planos municipais ou intermunicipais e das quais não resulte edificação com cércea superior à altura mais frequente das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se integra a nova edificação, no troço de rua compreendido entre as duas transversais mais próximas, para um e para outro lado. | |||
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Edição atual desde as 19h39min de 21 de março de 2022
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Glossário e Acrónimos
Letras A-D
- Aglomerados rurais (definição provisória)
- correspondem a polígonos a constituir-se, de acordo com as opções do PMOT, em categoria de solo rural através da incorporação de núcleos edificados com funções residenciais e de apoio a atividades localizadas em solo rural, delimitados no interior de áreas edificadas consolidadas e em consolidação e que cumpram individualmente os seguintes requisitos cumulativos:
- Serem constituídos por um conjunto de edifícios que possuam área de implantação superior a 30m2 e não distem mais de 50m entre si;
- Neles existirem pelo menos 10 fogos em edifícios que não distem mais de 50m da via pública;
- O índice bruto de ocupação do solo do polígono que engloba todos os edifícios ser igual ou superior a 0,1m2/m2.
- Aglomerados Rurais (proposta de PROT-Centro)
- Os aglomerados rurais devem corresponder a pequenos núcleos de edificação concentrada, servidos de arruamentos de uso público, com funções residenciais e de apoio a atividades localizadas em solo rústico.
Estes aglomerados devem ser delimitados em PDM com base na contiguidade do edificado (afastamento entre as construções menor ou igual a 50 metros), incluindo uma faixa envolvente com uma profundidade máxima de 50 metros, medida a partir do exterior das últimas edificações e ajustada à expressão edificada existente e às características biofísicas de cada local. A delimitação destes aglomerados pode ainda, desde que devidamente fundamentada numa estratégia de consolidação do povoamento rural, acolher uma expansão controlada e estruturada quando se verifique e perspetive uma dinâmica demográfica e/ou edificatória positiva e/ou decorrente da necessidade de instalação de serviços, equipamentos ou atividades de apoio e de revitalização do mundo rural. A fundamentação destas expansões deve ser suportada em dados objetivos e/ou devidamente enquadrada numa estratégia de consolidação do povoamento rural.
(O Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro))
- Áreas de Edificação Dispersa (definição provisória)
- áreas de uso misto, sem funções urbanas prevalecentes e que cumpram individualmente os seguintes requisitos cumulativos:
- Mínimo 1 edifício/ha
- Dimensão mínima: 5 ha (ou 2,5 ha desde que inclua pelo menos 5 edifícios)
- O seu índice bruto de ocupação do solo não ser inferior a ser igual ou superior a 0,1 m2/m2, para a área do polígono descontada das áreas não edificadas
- Áreas de edificação dispersa (proposta de PROT-Centro)
- áreas de uso misto, sem funções urbanas prevalecentes e que apresentem uma densidade superior a 1 edifício por hectare:
- Estas áreas devem ser delimitadas em PDM, de acordo com o respetivo padrão de ocupação tendo em atenção a estrutura viária e a tipologia do edificado, incluindo uma faixa envolvente com a profundidade máxima de 100 metros, medida a partir do exterior das últimas edificações;
- A dimensão mínima para a delimitação destas áreas não poderá ser inferior a 5 ha. No entanto, admite-se que o referido valor se reduza a 2,5 ha, desde que inclua, pelo menos, 5 edifícios;
- As áreas cuja densidade varie entre 4 e 7 edifícios por hectare e que estejam sujeitas, a grande pressão edificatória devem ser objeto de Planos de Intervenção no Espaço Rústico.
(O Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro))
- Áreas Edificadas Consolidadas e em Consolidação (definição provisória)
- correspondem a polígonos de solo definidos por linhas fechadas que envolvem estritamente os núcleos edificados, onde predomina a contiguidade ou grande proximidade entre os edifícios existentes, acrescidos de espaços de colmatação (terrenos não edificados situados entre edifícios que possuam área de implantação superior a 30 m2 e não distem mais de 50m entre si) e das áreas não edificadas com uso urbano estabilizado (espaços públicos de utilização coletiva, áreas verdes e áreas afetas a equipamentos) interiores ou contíguas aos referidos núcleos, devendo cada polígono cumprir as seguintes condições cumulativas:
- Possuírem uma área mínima de 5 hectares para o polígono na sua globalidade;
- O seu índice bruto de ocupação do solo ser igual ou superior a 0,1 m2/m2, para a área do polígono descontada das áreas não edificadas com uso urbano estabilizado.
- Área urbana consolidada (proposta de PROT-Centro)
- área de solo urbano que se encontra estabilizada em termos de morfologia urbana e de infraestruturação e está edificada em, pelo menos, 2/3 da área total do solo destinado a edificação. (DR n.º 5/2019, de 27/09). Nesta área estão integradas a estrutura ecológica municipal e as áreas legalmente comprometidas, nomeadamente as áreas abrangidas por Planos de Pormenor cujo grau de consolidação tenha atingido, pelo menos, 2/3 da respetiva área ou onde subsistam atos de licenciamento ou de admissão de comunicação prévia de operações urbanísticas de edificação, loteamento ou obras de urbanização, validamente constituídos e em vigor, bem como informações prévias válidas, projetos de arquitetura aprovados ou projetos com DIA favorável ou favorável condicionada, desde que essa condição não se reporte à alteração da classificação do solo prevista no plano.
(O Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro))
- CRS
- Coordinate Reference System. Sistema de Referência de Coordenadas.
- Datum
- sistema de referência para medir com precisão localizações na Terra. Ver Sistemas de Coordenadas e Projeções
Letras E-G
- EPSG
- European Petroleum Survey Group. Em 2005, a organização EPSG fundiu-se com a Associação Internacional de Produtores de Petróleo e Gás (IOGP). O EPSG Geodetic Parameter Dataset (também conhecido como registo EPSG) é um registo público de datums geodésicos, sistemas de referência espacial, elipsóides terrestres, transformações de coordenadas e unidades de medida relacionadas. Cada entidade recebe um código EPSG entre 1024 e 32767:
- EPSG:4326 (WGS 84, usado pelo GPS, mundo inteiro)
- EPSG:3857 (WGS 84, Pseudo-Mercator), usado pelo Google Maps, mundo inteiro
- EPSG:2964 (NAD27 / Alaska Albers)
- Portugal Continental - Sistemas Globais
- EPSG: 4936 (ETRS89/ Coordenadas Geocêntricas)
- EPSG: 4937 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 3D)
- EPSG: 4258 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 2D)
- EPSG: 3763 (ETRS89/ PT-TM06) --> escolher este sempre que possível, sugere-se que se configure o QGIS para por omissão usar este sistema quer para novos projetos quer para novas camadas
- Portugal Continental - Sistemas Locais
- EPSG: 4274 (Datum 73/ Coordenadas Geográficas 2D)
- EPSG: 27493 (Datum 73/ Hayford-Gauss)
- EPSG: 4207 (Datum Lisboa/ Coordenadas Geográficas 2D)
- EPSG: 5018 (Datum Lisboa/ Hayford-Gauss)
- EPSG: 20790 (Datum Lisboa/ Hayford-Gauss com falsa origem - Coordenadas Militares)
- GDAL
- Geospatial Data Abstraction Library. Biblioteca de software que oferece um modelo de dados comum para abstrair e simplificar a interação com dados matriciais em diversos formatos. A versão mais atual do GDAL é a 3.2.2 de março 2021, o QGIS 3.16.5 usa o GDAL/OGR 3.2.1. O GDAL/OGR é desenvolvido na linguagem de programação C++ mas pode ser chamado a partir da linguagem de programação Python. O GDAL é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS. Desde a versão 2 que o GDAL integra o OGR e em conjunto oferecem suporte para cerca de 160 formatos matriciais e cerca de 90 formatos vetoriais.
- GEOS
- Geometry Engine Open Source. Representa a reescrita na linguagem de programação C++ do JTS Topology Suite (JTS) escrito na linguagem de programação Java. Seu objetivo é conter a funcionalidade completa do JTS em C ++. Isso inclui todos os OpenGIS Simple Features para funções de predicado espacial SQL e operadores espaciais, bem como funções específicas que tinham sido melhoradas no JTS. O GEOS fornece funcionalidade espacial para muitos outros projetos e produtos. A última versão é a 3.9.1 de fevereiro 2021, o QGIS 3.16.5 usa o GEOS 3.9.1
- GIS
- GIS (Geographical Information System) ou SIG (Sistema de Informação Geográfica) é, como o seu nome indica, um sistema de informação que suporta a análise, gestão, representação e visualização do espaço bidimensional ou tridimensional. O sistema de informação utiliza o hardware (computador), software específico (por exemplo o QGIS) e dados espaciais (por exemplo Shape files) complementados com dados alfanuméricos (por exemplo tabelas Excel), permitindo fazer operações e análises sobre os dados de modo a se obter um dado resultado, que normalmente é seguidamente visualizado num mapa. Portanto um GIS é um sistema cuja característica chave é suportar o processo de a partir de dados que possuem uma componente geográfica, efetuar análises espaciais --- sobre os pontos, linhas ou polígonos ---, de modo a chegar a um dado resultado ou conclusão.
- GRASS
- Geographic Resources Analysis Support System. O GRASS, também chamado GRASS GIS é um conjunto de software de sistema de informação geográfica open source usado para gestão e análise de dados geoespaciais, processamento de imagens, produção de gráficos e mapas, modelação espacial e temporal e visualização. Pode lidar com dados matriciais, vetoriais, topológicos, e realizar processamento de imagem e dados gráficos. Existe cooperação entre os projeto GRASS e QGIS. Enquanto o GRASS GIS se concentra mais no processamento e análise de dados, o QGIS se concentra mais na cartografia e na elaboração de mapas. Eles complementam-se bem e pode-se usar a caixa de ferramentas QGIS GRASS para carregar dados GRASS diretamente e executar comandos de processamento GRASS a partir dos menus QGIS. Como as versões mais recentes do QGIS podem executar um ambiente GRASS, dessa forma o QGIS fornece um ambiente gráfico mais amigável para se usar o GRASS do que o interface de linha de comando do GRASS. A última versão é a 7.8.5 de dezembro 2020. O QGIS 3.16.5 suporta GRASS 7 o que lhe dá acesso a mais de 400 módulos do GRASS. O GRASS é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS.
- GPKG
- Geopackage, ver Extensões e formatos de ficheiros
Letras H-Q
- JGW
- Ver World file
- JPG ou JPEG
- Formato de imagem (Joint Photographic Expert Group) com perdas ajustado à nossa capacidade de visão, desenvolvido para representar fotografias de uma forma compacta (comprime muito sem perda de qualidade da imagem), pode ser usado para outros tipos de imagem desde que não possuam linhas finas (nesse caso é preferível usar o formato PNG). Combinado com um ficheiro JGW permite que a imagem seja georreferenciada.
- OGC
- Open Geospatial Consortium
- OGR
- Originalmente queria dizer OpenGIS Simple Features Reference implementation, mas como não é completamente compatível com o OpenGIS Simple Feature Specification agora significa OGR Simple Features Library. O OGR era uma biblioteca gráfica vetorial inspirada na OpenGIS Simple Features, e essa biblioteca gráfica era mantida separadamente do GDAL, desde o GDAL 2.0 que o GDAL e o OGR estão integrados (GDAL para dados matriciais e OGR para dados vetoriais). Em conjunto o GDAL e o OGR oferecem suporte para abstrair o acesso a cerca de 160 formatos matriciais e cerca de 90 formatos vetoriais.
- OSM
- Open Street Maps. Projeto de mapeamento colaborativo (crowdsourcing) para criar um mapa livre e editável do mundo, inspirado por projetos tais como o da Wikipédia.
- PGW
- Ver World file
- PNG
- Formato de imagem (Portable Network Graphics) sem perdas apropriado para representar texto e linhas finas (não é apropriado para representar fotografias), como é um formato sem perdas comprime menos do que JPEG pelo que origina ficheiros significativamente maiores. Combinado com um ficheiro PGW permite que a imagem esteja georreferenciada.
- PostGIS
- Extensão (módulo) para a base de dados relacional PostgreSQL que adiciona suporte para se poder fazer queries (interrogações à base de dados) que utilizem coordenadas espaciais de objetos geográficos. A última versão é a 3.1.1 de janeiro 2021.
- PostgreSQL
- Base de dados relacional open source, é aquela que é considerada oferecer melhor suporte para dados geográficos (adicionando-lhe a extensão PostGIS). A última versão é a 13.2 de fevereiro 2021. O QGIS 3.16.5 inclui um cliente para falar com bases de dados PostgreSQL 12.3
- PROJ
- Software de transformação de coordenadas genérico que transforma coordenadas geoespaciais de um sistema de referência de coordenadas (CRS) para outro. Isso inclui projeções cartográficas e transformações geodésicas. A última versão é a 8.0.0 de março 2021, o QGIS 3.16.5 usa o PROJ 6.3.2
- QGIS
- Software open source multiplataforma (Linux, Windows, Mac OS, Android) para sistemas de informação geográfica que permite a visualização, edição e análise de dados georreferenciados (até 2013 era conhecido como Quantum GIS, esse nome deixou de ser usado). A última versão é a 3.22.1 de novembro 2021, mas a versão mais estável é a 3.16.14 também de novembro 2021 que é uma versão LTS (Long-Term Repository) pelo que será mantida e atualizada durante bastante tempo com um enfoque na estabilidade e na segurança (enquanto que o enfoque na versão 3.22.1 são a adição de novas funcionalidades). O QGIS usa o GDAL/OGR para ler e escrever diferentes formatos de dados matriciais e vetoriais, PROJ para reprojetar os dados em outros sistemas de referência de coordenadas, GEOS para testes de interseção entre geometrias e retângulos de seleção, GRASS e SAGA para processamento e análise de dados.
- QScintilla
- Biblioteca gráfica para Qt própria para edição de texto. O QScintilla representa a reescrita no Qt do controle para editor de texto Scintilla C++ desenvolvido por Neil Hodgson, para além de recursos normalmente encontrados em componentes de edição de texto, QScintilla inclui recursos especialmente úteis para editar e depurar código-fonte. A última versão é a 2.12.1 de março 2021. O QGIS 3.16.14 usa o QScintilla 2.11.4
- Qt
- Biblioteca gráfica open source multiplataforma (Linux, Windows, Mac OS, telemóveis). A última versão é a 6.0 de dezembro 2020. O QGIS 3.1.6.14 usa o Qt 5.14.2 e o QWT 6.1.4
- Qualificação do solo (ver também Decreto Regulamentar nº15/2015 de 19 de agosto)
- em função do uso dominante, através da integração nas seguintes categorias:
- SOLO RÚSTICO, compreende:
- Espaços agrícolas: cujo uso dominante é o que decorre das potencialidades e das limitações para o desenvolvimento das atividades agrícolas e pecuárias, com base no aproveitamento do solo e dos demais recursos e das condições biofísicas que garantem a sua fertilidade, podendo estes espaços dividir-se ainda nas seguintes subcategorias:
- Espaços agrícolas de produção, correspondendo a áreas elevada capacidade de uso e aptidão agrícola
- Outros espaços agrícolas, correspondendo a espaços de uso dominante agrícola.
- Espaços florestais: nos quais a utilização dominante é a que decorre das potencialidades para o desenvolvimento florestal, com base no mais adequado aproveitamento do solo vivo e dos demais recursos e das condições biofísicas que garantem a sua fertilidade, podendo subdividirse em Espaços florestais de produção, Espaços florestais de proteção do solo e água ou de conservação (espaços integrados em áreas classificadas de conservação da natureza e da biodiversidade), Espaços ocupados por sistemas silvo pastoris ou espaços mistos de uso silvícola com agrícola alternado e funcionalmente complementares e Espaços florestais com funções predominantes de recreio e valorização da paisagem
- Espaços de exploração de recursos energéticos e geológicos: Áreas onde exista exploração de recursos geológicos e áreas onde existam recursos geológicos com potencial económico. As áreas anteriormente referidas e as áreas cativas ou de reserva, bem como as áreas concessionadas ou licenciadas para estas atividades, devem ser integradas nas categorias de solo que correspondam ao seu uso atual, devendo a regulamentação daquelas categorias salvaguardar a exploração futura de Recursos Geológicos
- Espaços naturais e paisagísticos: áreas com maior valor natural e zonas sujeitas a regime de salvaguarda mais exigentes, identificadas nos programas das áreas protegidas ou no programa setorial da Rede Natura 2000, bem como áreas de reconhecido interesse natural e paisagístico, desde que em qualquer dos casos o seu uso dominante não seja agrícola, florestal ou de exploração de recursos geológicos. Integram também estes espaços, as zonas húmidas e as áreas naturais descobertas ou com vegetação esparsa, incluindo as praias, arribas, dunas ou afloramentos rochosos.
- Espaços de atividades industriais diretamente ligadas ao aproveitamento e transformação de produtos agrícolas, pecuários, florestais e geológicos.
- Aglomerados Rurais: áreas edificadas, com utilização predominantemente habitacional e de apoio a atividades localizadas em solo rústico, dispondo de infraestruturas e de serviços de proximidade, mas para os quais não se adeque a classificação de solo urbano.
- Áreas de Edificação Dispersa: Correspondem a espaços existentes, com características híbridas e uma ocupação de carater urbano-rural, devendo ser objeto de um regime de uso do solo que garanta a sua contenção e o seu ordenamento e infraestruturação, numa ótica de sustentabilidade, com recurso a soluções apropriadas às suas características.
- Espaços Culturais: Correspondem a áreas de património histórico, arqueológico, arquitetónico e paisagístico, sendo o regime de uso do solo determinado pelos valores a proteger, conservar e valorizar.
- Espaços de Ocupação Turística: Áreas de localização e de concentração de atividades turísticas, nas formas e tipologias admitidas em solo rústico, e de acordo com as orientações dos programas regionais.
- Espaços destinados a equipamentos, infraestruturas e outras estruturas ou ocupações compatíveis com o estatuto de solo rústico (Ex: ETARs, parques eólicos, heliportos, aeródromos, etc).
- Espaços agrícolas: cujo uso dominante é o que decorre das potencialidades e das limitações para o desenvolvimento das atividades agrícolas e pecuárias, com base no aproveitamento do solo e dos demais recursos e das condições biofísicas que garantem a sua fertilidade, podendo estes espaços dividir-se ainda nas seguintes subcategorias:
- SOLO URBANO: cuja qualificação respeita às finalidades do processo de urbanização e de edificação e aos princípios de multifuncionalidade e complementaridade de usos dos espaços urbanos, da compatibilização de usos, do equilíbrio ambiental, da salvaguarda e valorização dos valores culturais e paisagísticos. O solo urbano compreende: o solo total ou parcialmente urbanizado ou edificado; os solos urbanos afetos à estrutura ecológica necessária ao equilíbrio do sistema urbano. A qualificação do solo urbano processa-se através da sua integração nas seguintes categorias, com base no uso dominante e em características morfotipológicas do tecido urbano:
- Espaços centrais: Áreas urbanas de usos mistos que integram funções habitacionais e uma concentração diversificada de atividades terciárias, desempenhando, pelas suas características, funções de centralidade.
- Espaços habitacionais: Áreas que se destinam preferencialmente ao uso habitacional, podendo acolher outras utilizações compatíveis
- Espaços de atividades económicas: Áreas que se destinam preferencialmente ao acolhimento de atividades económicas com especiais necessidades de afetação e organização do espaço urbano (atividades industriais, de armazenamento e logística, comércio e serviços)
- Espaços verdes: Áreas com funções de equilíbrio ambiental, de valorização paisagística e de acolhimento de atividades ao ar livre de recreio, lazer, desporto e cultura, coincidindo no todo ou em parte com a estrutura ecológica municipal
- Espaços de uso especial: Correspondentes a áreas destinadas a Espaços de equipamentos, Espaços de infraestruturas estruturantes e Espaços turísticos.
- Espaços urbanos de baixa densidade: Áreas periurbanas, parcialmente urbanizadas e edificadas, apresentando fragmentação e características híbridas, de uma ocupação de caracter urbano-rural, com a permanência de usos agrícolas entrecruzados com usos urbanos e existência de equipamentos e infraestruturas.
- Os Espaços Canais: Estes espaços abrangem as áreas afetas a infraestruturas territoriais ou urbanas de desenvolvimento linear (rede viária, incluindo passeios, estacionamentos, bermas, espaços de circulação cicláveis e pedonais, e outras), incluindo as áreas adjacentes ou, caso ainda não exista a infraestrutura, as áreas necessárias à sua execução. Estes espaços devem ser qualificados nas diversas categorias do solo rústico e do solo urbano, não constituindo uma categoria autónoma. No "espaço-canal" inclui-se o corredor necessário à implantação da infraestrutura, as áreas de solo necessárias à implantação dos sistemas técnicos complementares e as áreas de solo constituídas em torno da infraestrutura destinadas a assegurar a sua proteção, correto funcionamento e sua eventual ampliação e, como tal, sujeitas a servidão de utilidade pública non aedificandi.
- QWT
- Qt Widgets for Technical Applications. Um conjunto de componentes gráficos (widgets, window gadgets) Qt personalizados, que representam componentes do interface gráfico (GUI) e classes de utilitários que são úteis principalmente para programas em áreas técnicas. A última versão é a 6.1.5 de junho 2020. O QGIS 3.16.14 usa o QWT 6.1.4
Letras S-T
- SAGA
- System for Automated Geoscientific Analyses. Também conhecido como SAGA GIS, permite aplicar filtros e diversas ferramentas a redes (grids), incluindo interpolação de dados vetoriais usando triangulação, ponto mais próximo, geoestatísticas, classificação de imagem, cluster analysis, reconhecimento de padrões, simulação de processos dinâmicos (erosão, etc.), análise de terreno, (radiação solar, etc.). A última versão é a 7.9.0 de dezembro 2020, no QGIS o SAGA é um dos 3 módulos de processamento desenvolvidos externamente ao projeto QGIS (SAGA, GRASS, GDAL) que estão integrados no QGIS, ver caixa de ferramentas de processamento do QGIS.
- SHP
- Shapefile, ver Extensões e formatos de ficheiros
- SIG
- Ver GIS
- Sistema de Coordenadas Geográficas
- Os sistemas de coordenadas geográficas são baseados em um esferóide e utilizam unidades angulares (graus), por exemplo latitude e longitude.
- Sistema de Coordenadas Projetadas
- Um sistema de coordenadas projetadas é um sistema de coordenadas geográficas que foi achatado usando uma projeção de mapa. Os dados georreferenciados necessitam de ter um sistema de coordenadas geográficas, projetar esses dados é opcional, mas projetar o mapa não é opcional porque os mapas são planos. Os sistemas de coordenadas projetadas são baseados em um plano (o esferóide projetado em uma superfície 2D) e utilizam unidades lineares (pés, metros, etc.).
- As projeções conformes preservam os ângulos retos entre as linhas de latitude e longitude e são usadas principalmente porque preservam a direção, as formas parecem corretas mas as áreas e as distâncias ficam erradas.
- As projeções de área igual preservam a área, em detrimento dos ângulos, de modo que as formas de alguns lugares parecem enviesadas.
- As projeções equidistantes preservam as distâncias, embora apenas de certos pontos ou ao longo de certas linhas no mapa.
- SpatiaLite
- Biblioteca open source que adiciona à base de dados SQLite suporte para se poder fazer queries (interrogações à base de dados) que utilizem coordenadas espaciais de objetos geográficos. A última versão é a 5.0.1 de fevereiro 2021. O QGIS 3.16.5 usa o SpatiaLite 4.3.0
- SQLite
- A base de dados relacional mais utilizada do mundo visto que se encontra instalada em todos os telemóveis do tipo smartphones. É uma base de dados própria para ser embebida como uma biblioteca noutros softwares, permite evitar a complexidade de se instalar e manter um servidor de base de dados, no entanto não é apropriada para ser utilizada em sistemas complexos e que necessitem de alto desempenho. A última versão é a 3.35.4 de abril 2021. O QGIS 3.16.5 usa o SQLite 3.31.1
- SRC
- Sistema de Referência de Coordenadas (equivalente ao CRS - Coordinate Reference System).
- SRID
- Spatial Reference Identifier, identificador único associado a um SRC específico.
- TFW
- Ver World file
- TIF ou TIFF
- formato de imagem (Tagged Image File Format), é um formato muito flexível mas também muito complexo pelo que é comum obter-se um ficheiro TIFF que o programa específico que estamos a usar não consegue ler por incluir opções que esse programa não suporta
Letras U-Z
- UOPG
- Unidades Operativas de Planeamento e Gestão. Porção contínua de território, delimitada em plano diretor municipal ou plano de urbanização para efeitos de programação da execução do plano ou da realização de operações urbanísticas. A delimitação das unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG) deve ser acompanhada do estabelecimento dos respectivos objetivos bem como dos termos de referência para a elaboração de planos de urbanização, planos de pormenor ou para a realização de operações urbanísticas, consoante o caso. O plano diretor municipal deve ainda estabelecer os indicadores e parâmetros de natureza supletiva, aplicáveis nas áreas a sujeitar a plano de urbanização ou de pormenor durante a ausência destes. As UOPG são referidas no programa de execução do plano, com remissão expressa para os objectivos e os termos de referência acima mencionados.
- WCS
- O Web Coverage Service (WCS) é um standard utilizado para disponibilizar informação sobre objetos que cobrem uma dada área geográfica. Essas coberturas (coverages) podem ser um conjunto de pontos; uma grelha regular de pontos (ou pixéis); um conjunto de curvas segmentadas (por exemplo uma rede rodoviária); um conjunto de polígonos de Thiessen (diagramas de Voronoi); ou uma rede irregular de triângulos TIN (por exemplo, modelos digitais de terreno).
- WFS
- O Web Feature Service (WFS) é um standard que em vez de disponibilizar informações geográficas ao nível do ficheiro, oferece acesso direto às informações geográficas ao nível do recurso e da propriedade do recurso. Especifica operações de descoberta, consulta, bloqueio, transação e gestão de expressões de consulta que tenham sido armazenadas. As operações de descoberta permitem que o serviço seja interrogado para determinar os seus recursos e recuperar o esquema que define os tipos de recursos que o serviço oferece. As operações de consulta permitem que recursos ou valores de propriedades de recursos sejam recuperados do armazenamento de dados subjacente com base em restrições, definidas pelo cliente, nas propriedades de recursos. As operações de bloqueio permitem acesso exclusivo a recursos com o propósito de modificar ou apagar recursos. As operações de transação permitem que recursos sejam criados, alterados, substituídos e excluídos do armazenamento de dados subjacente. As operações de consulta armazenadas permitem que os clientes criem, eliminem, listem e descrevam expressões de consulta parametrizadas que são armazenadas pelo servidor e podem ser invocadas repetidamente usando diferentes valores de parâmetro. São definidas onze operações: GetCapabilities (operação de descoberta), DescribeFeatureType (operação de descoberta), GetPropertyValue (operação de consulta), GetFeature (operação de consulta), GetFeatureWithLock (operação de consulta e bloqueio), LockFeature (operação de bloqueio), Transação (operação de transação), CreateStoredQuery (operação de consulta armazenada), DropStoredQuery (operação de consulta armazenada), ListStoredQueries (operação de consulta armazenada), DescribeStoredQueries (operação de consulta armazenada).
- WKT
- Well-Known Text. Linguagem de marcação de texto (markup) para representar objetos de geometria vetorial. Um equivalente binário, o WKB (Well Known Binary), é usado para transferir e armazenar as mesmas informações de uma forma mais compacta. Os formatos foram originalmente definidos pelo OGC e descritos em seu Simple Feature Access. A definição standard atual está na norma ISO / IEC 13249-3: 2016. Permite representar os seguintes objetos geométricos: Point, MultiPoint, LineString, MultiLineString, Polygon, MultiPolygon, Triangle, PolyhedralSurface, TIN (Triangulated irregular network), GeometryCollection.
- WMS
- O standard OpenGIS Web Map Service (WMS) fornece uma interface HTTP simples para solicitar imagens de mapas geo-registadas de uma ou mais bases de dados geoespaciais distribuídas. Uma solicitação WMS define a(s) camada(s) geográfica(s) e a área de interesse a ser processada. A resposta à solicitação é uma ou mais imagens de mapa (retornadas como JPEG, PNG, etc.). A interface suporta a capacidade de especificar se as imagens retornadas devem ser transparentes para que as camadas de vários servidores possam ser combinadas da forma pretendida. Suporta a composição de várias camadas do lado do servidor, a escolha de sistemas de referência de coordenadas arbitrários, e suporta mapas em caixas delimitadoras (bounding boxes) personalizadas expressas nesse sistema de coordenadas.
- WMS-C
- (WMS Tile Caching) Ainda é suportado mas foi substituído pelo WMTS
- WMTS
- O standard OpenGIS Web Map Tile Service (WMTS) é semelhante ao WMS mas funciona por azulejos (tiles), isto é a imagem é enviada por azulejos (fragmentos da imagem) o que permite no cliente reutilizar partes da imagem (fazer cache) o que pode melhorar o desempenho e reduzir o tempo de espera. Possui menos funcionalidades que o WMS mas oferece melhor desempenho.
- World file
- Ficheiro de texto com as coordenadas de uma imagem, o seu nome é a primeira e a última letra do nome da extensão da imagem seguido da letra W, por exemplo .PNG -> .PGW, .TIF -> .TFW, .JPG -> .JGW. Contém 6 linhas de texto, cada uma delas com um número:
- resolução em x: número de unidades do mundo real por pixel medidos na horizontal
- valor da translação: normalmente zero ou um número muito pequeno
- valor da rotação: normalmente zero ou um número muito pequeno
- o negativo da resolução em y: o negativo do número de unidades do mundo real por pixel medidos na vertical
- coordenada x do canto superior esquerdo
- coordenada y do canto superior esquerdo
- Zona urbana consolidada
- Zona caraterizada por uma densidade de ocupação que permite identificar uma malha ou estrutura urbana já definida, onde existem as infraestruturas essenciais (estradas, água e saneamento) e onde se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edificações em continuidade. As obras de construção, de alteração ou de ampliação em zona urbana consolidada estão apenas sujeitas a comunicação prévia, desde que respeitem os planos municipais ou intermunicipais e das quais não resulte edificação com cércea superior à altura mais frequente das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se integra a nova edificação, no troço de rua compreendido entre as duas transversais mais próximas, para um e para outro lado.